quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Grupo 4 ( Diversos Textos na mesma temática )

Morte e Vida Severina é um livro do escritor brasileiro João Cabral de Melo Neto, publicado em 1966.

O livro apresenta um poema dramático, escrito entre 1954 e 1955 e relata a dura trajetória de um migrante nordestino em busca de uma vida mais fácil e favorável no litoral.

Em 1965, a pedido do escritor Roberto Freire, diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), o músico Chico Buarque musicou o poema para a montagem da peça. Desde então sua presença no teatro brasileiro tem sido constante.
Resumo da obra

O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, na esperança de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta ao leitor e diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e acontece um denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes e sua impunidade.

O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem, Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho.

Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer. A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma vida mais longa.

E quando chega a cidade grande, conversa com seu José‚ mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho havia nascido. Severino, então, assiste à encenação que celebra o nascimento, como se fora um auto de Natal. E no último capítulo Seu José tenta convencê-lo a voltar a acreditar na vida.




A Bagaceira é um romance do escritor José Américo de Almeida, que foi publicado em 1928 e é considerado o marco inicial do romance regionalista do Modernismo brasileiro.
Enredo

O enredo baseia-se no êxodo da seca de 1898.

"(...) Uma ressurreição de cemitérios antigos - esqueletos redivivos, com o aspecto e o fedor das covas podres.(...)".

O enredo central gira em torno de um triângulo amoroso entre Soledade, Lúcio e Dagoberto. Soledade, uma retirante da seca, chega ao engenho de Dagoberto, pai de Lúcio, acompanhada de vários retirantes: Valentim, seu pai, Pirunga, seu irmão de criação e outros que fugiam da seca. Lúcio e Soledade acabam se apaixonando. A relação entre ambos ganha ares dramáticos no momento em que Dagoberto, o dono da fazenda, violenta Soledade e faz dela sua amante.

Essa história trágica de amor serve ao autor, político paraibano, puramente como pretexto para que denuncie a questão social no seu estado e no Nordeste, em especial, o aspecto da seca e da necessidade da população. É feita também uma análise da vida dos retirantes que surgem nas bagaceiras dos engenhos, quando ocorrem as estiagens, não sendo bem vistos pelos brejeiros (trabalhadores permanentes dos engenhos).

O Professor Joel Pontes, da UFP, em crítica publicada no Pequeno Dicionário da Literatura Brasileira, diz que o "romance foi publicado na hora certa e fez séria oposição ao cosmopolitismo dos modernistas da fase inicial". Ainda segundo o professor, A Bagaceira foi importante base para as obras de Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz. O professor continua, afirmando que personagens como Dagoberto, Pirunga e Soledade retornam mais bem caracterizados nas obras posteriores dos escritores citados, deixando claro, contudo, que o romance tecnicamente não inova a prosa nordestina, pois ainda é um romance de tese. Isso pode ser percebido no capítulo "O Julgamento", que é típico dos romances do século XIX e também presente em "Os Sertões", de Euclides da Cunha.

O ponto de destaque do romance é o aspecto sociológico e a poetização de cenas e sentimentos, sendo que estes dois detalhes por si sós já colocam o romance como uma obra importante da literatura brasileira em todos os tempos.

Com a publicação de A bagaceira, em 1928, José Américo de Almeida inicia o chamado Ciclo Regionalista Nordestino, mais tarde desenvolvido por outros nordestinos que também se tornaram famosos.

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APRESENTAÇÃO DO 1º GRUPO

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